sexta-feira, 19 de junho de 2009

FRATURA DE TÍBIA EM PÔNEI: RELATO DE CASO

Rodrigo Romero Corrêa*; Marcus Vinicius Morais de Souza; Filipe Fedele Stancof; Daniel Luiz Fechio; Patricia Bernardino de Sousa; Gabriela Sartori; Bárbara Ama Santo Pietro; Neimar Vanderlei Roncati; André Luis Selmi

Introdução: Em geral, as fraturas de tíbia ocorrem com a mesma freqüência das fraturas de outros ossos longos. A maioria das fraturas completas do corpo da tíbia possui configuração em espiral ou cominutiva; fraturas da epífise distal são menos comuns que as proximais. O adequado estudo radiográfico da região é necessário para determinação do tipo de fratura e região óssea envolvida, assim como para a determinação da melhor técnica de tratamento.
Relato do caso: Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi, um eqüino, fêmea, 1 ano e meio de idade, pônei, 65 Kg, com histórico de claudicação com impotência funcional do membro posterior direito há 9 dias. À inspeção, notou-se aumento de volume em face medial do terço distal de tíbia, e descontinuidade do trajeto da região. À palpação, notou-se crepitação da tíbia durante a flexão do membro. O exame radiográfico revelou fratura em espiral de terço distal de tíbia, com deslocamento medial do coto proximal da fratura. O animal foi submetido à osteossíntese com 2 placas de 3,5 mm, com parafusos corticais de mesma medida, de utilização em fraturas de humanos, sendo uma posicionada em face dorsal e outra em face lateral da tíbia. A opção pelo posicionamento lateral foi feita por motivo do coto distal ser menor em face medial do que em face lateral. A evolução foi boa dentro do período avaliado de 60 dias, com formação suficiente de calo ósseo. Optou-se por nova avaliação radiográfica dentro de 120 dias para reavaliação e possível retirada da prótese.
Discussão: Descrições internacionais de osteossíntese em tíbia foram feitas citando a utilização de placas, principalmente com posicionamento medial. O posicionamento lateral da placa pode ser feito com sucesso, e variações das técnicas tradicionais podem ser utilizadas.
Conclusão: A técnica cirúrgica utilizada mostrou ser eficaz no tratamento de fratura de tíbia. A facilidade para estabilização do membro pode ter sido auxiliada pelo menor peso do animal em questão.