sábado, 15 de agosto de 2009

Esportes Hípicos - Salto


HISTÓRIA DO HIPISMO

Amizade entre o homem e o cavalo remonta os princípios da civilização, quando o animal começa a ser usado como meio de locomoção. Conduzindo os soldados nas guerras, participando das famosas caçadas à Inglaterra.
O cavalo sempre foi presença obrigatória e bem amada na vida do homem. Hoje, raramente ele puxa um arado, foi substituido pelo automóvel . E cavalgar transformou-se num esporte: o hipismo praticado por homens,mulheres e crianças.

Esporte conhecido pela elegância , o hipismo surgiu do costume de nobres europeus, especialmente ingleses, de praticarem a caça à raposa, quando os cavalos precisavam saltar troncos, riachos, pequenos barrancos e outros obstáculos que os caçadores encontravam pelas florestas. O desenvolvimento da atividade ocorreu no século XX, com a criação das primeiras pistas com obstáculos exclusivamente para a prática de saltos.
O esporte tem como linha básica para um bom resultado a integração entre o conjunto (cavaleiro/cavalo). E com o passar do tempo o comportamento do cavaleiro foi mudando, buscando facilitar o trabalho do animal. Inicialmente, o montador ficava com o corpo na vertical, forçando o seu equilíbrio nas rédeas e no estribo.
No final do século XIX, o italiano Frederico Caprilli decidiu deixar a cabeça e o pescoço da montaria livres, sem alterar o equilíbrio do cavalo no instante do salto. Atualmente, os cavaleiros mantém o corpo inclinado para a frente, acompanhando a direção do animal na transposição do obstáculo.
O hipismo fez parte do programa da primeira Olimpíada da Era Moderna, em 1896, em Atenas, como esporte de demonstração. Entretanto, somente foi incorporado definitivamente aos Jogos Olímpicos em 1912, em Estocolmo.
Uma característica particular do hipismo é que homens e mulheres podem competir juntos com as mesmas possibilidades de vitória, diferentemente de outros esportes, em que a performance masculina é superior devido à maior força física. Além da categoria da amazona ou cavaleiro e da integração entre animal e condutor, o importante é contar com uma montaria saudável e bem condicionada. Sem divisão por sexo, os competidores são separados conforme a idade: minimirim (oito a 12 anos), mirim (12 a 14), juniores (14 a 18) e seniores (acima de 18). As entidades que dirigem o esporte costumam utilizar também as seguintes sub divisões: principiantes, aspirantes, jovens cavaleiros, seniores novos, veteranos e proprietários.
Além do salto, os esportes eqüestres têm outras modalidades. Nos Jogos Olímpicos são disputados também o adestramento, (em que o cavalo executa movimentos cadenciados, em perfeita harmonia com o cavaleiro); concurso completo de equitação, (disputado em três dias com provas de adestramento, corrida no campo com obstáculos naturais e artificiais, de resistência ao trote e salto); enduro, entre outros.

HISTÓRIA DO HIPISMO NO BRASIL

O primeiro registro de uma competição de hipismo no Brasil data de abril de 1641, graças a um holandês. A prova inicial realizada em território nacional teria sido organizada por Maurício de Nassau, em Recife (Pernambuco), com a presença de cavaleiros holandeses, franceses e brasileiros.
Mas, somente, em 1911, os primeiros clubes hípicos foram fundados no país: a Hípica Paulista (SP) e o Clube Esportivo de Equitação do Rio de Janeiro. A formação das hípicas era uma conseqüência natural do hábito de industriais e proprietários rurais de São Paulo praticarem a caça à raposa.
O esporte ganhou nova dimensão, no Brasil, na primeira metade da década de 20, com a chegada de uma missão militar francesa. Os especialistas europeus permitiram uma melhoria na organização e da técnica do esporte no país.
O esporte é coordenado no país pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), auxiliada pelas diversas federações estaduais. Vários brasileiros conquistaram destaque no esporte, como Luiz Felipe Azevedo, Vítor Alves Teixeira, André Bier Johannpeter e Alvaro Affonso de Miranda Neto e Bernardo Alves Rezende.
A principal referência do hipismo nacional e no mundo é hoje Rodrigo Pessoa.

Nelson Pessoa que conquistou excelentes resultados em algumas das principais competições internacionais, foi considerado um dos maiores cavaleiros de todos os tempos. Hoje Rodrigo, seu filho, que conquistou três prêmios que o pai tentou e não conseguiu, podendo substituí-lo como o maior cavaleiro brasileiro e do mundo da História. Rodrigo Pessoa integrou a equipe que conquistou a medalha olímpica de bronze em Atlanta (96), a única do hipismo brasileiro desde 48, quando o país participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos. E em outubro do mesmo ano, Rodrigo, aos 26 anos, se tornou o mais jovem campeão mundial da história, vencendo a prova individual de saltos dos Jogos Eqüestres Mundiais, disputados em Roma (Itália). O maior feito do hipismo nacional. Seis meses antes, em abril, Rodrigo conquistou a Copa do Mundo. Os resultados de Rodrigo Pessoa e da equipe brasileira, na Olimpíada de Atlanta , demonstram que o hipismo brasileiro alcançou um estágio que o coloca no mesmo patamar dos principais países da modalidade. A equipe brasileira ficou em quarto na última edição da Copa das Nações, realizada na Alemanha, e em quinto no Mundial. E no GP de Roterdã (Holanda), um dos mais importantes da Europa, realizado em agosto de 99, o Brasil ocupou os dois primeiros lugares do pódio. e nos Jogos Panamericanos em 99 a equipe brasileira conquistou a medalha de ouro para o Brasil. Em maio deste ano Rodrigo conquistou o tricampeonato do mundo no salto, passando a ser o 1° no ranking mundial. E agora chegou a vez de torcermos para que a equipe brasileira conquiste o ouro nos jogos olímpicos em Sydney 2.000.